O Brasil se prepara para embarcar carne bovina para o mercado chinês a partir do segundo semestre deste ano. A retomada acontece cinco anos depois da paralisação total da comercialização entres os dois países e 14 anos depois do início das negociações.
"Estamos prontos para o negócio, mas como o governo chinês é lento no processo de aprovação, acredito que devamos começar a exportar apenas no segundo semestre do ano", diz Otávio Cançado, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
No mês passado, a China reconheceu 16 estados brasileiros livres de febre aftosa e, no momento, aguarda o envio de uma lista com 19 frigoríficos - entre eles 14 indicados pelo próprio país e cinco que já exportam carne processada - para serem aprovados mediante suas regras sanitárias.
Desde 2005, a China restringiu a compra de carne bovina in natura do Brasil após a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. No entanto, o impasse do comércio de carnes entre ambos os países existe há 14 anos. Depois da assinatura do protocolo de intenções em 2002, o país asiático chegou a abrir o mercado em 2004, porém, com o surto de febre aftosa em 2005, as negociações cessaram.
Devido ao potencial de consumo do mercado chinês, a Abiec estima que o país deva ficar entre os primeiros colocados na importação de carne in natura brasileira, aumentando, ainda mais, a demanda do setor que está em plena recuperação.
"A China deve encostar em Hong Kong, que é o quinto maior comprador de carne bovina do Brasil", diz Cançado. Para se ter uma idéia, Hong Kong importou US$ 55,693 milhões entre janeiro e fevereiro de 2010, o equivalente a 24,564 mil toneladas de carne (em carcaça).
As exportações brasileiras de carne bovina (in natura, industrializada e miúdos) em fevereiro aumentaram em termos de receita, volume e preço, ante ao mesmo período do ano passado. O total de receita subiu 28%, para US$ 347,693 milhões. Os embarques cresceram 8%, registrando 150,972 mil toneladas, enquanto o preço-médio obteve alta de 18%, a US$ 3,5 mil por tonelada.
Para Cançado, os números positivos refletem o momento de retomada do comércio mundial de carnes depois dos impactos negativos decorrentes da recente crise econômica global. "Os estoques estão sendo recompostos, a oferta de crédito está voltando e, consequentemente, a demanda aumenta", diz o diretor da Abiec.
Em dezembro do ano passado, o presidente da Abiec, Roberto Giannetti da Fonseca, previu um crescimento de cerca de 20% para as exportações de carne bovina em 2010. Tendo em vista os resultados apresentados pela associação ontem, Cançado mantém a previsão otimista e ressalta que, se o mercado continuar nesta tomada, é possível que os 20% sejam ultrapassados.
Em 2009, o mercado de carnes mundial sofreu fortes abalos devido à crise financeira, e apresentou queda de 23% em receita, na comparação com 2008, o que representou US$ 4,118 bilhões de faturamento. Além de ter registrado baixas de 10% em volume e 14% no preço-médio.
Ainda de acordo com Cançado, mesmo com uma possível desvalorização do real ante ao dólar, a Abiec acredita que os preços não devem sofrer fortes contrações. "A demanda que vai determinar a política de preços e não o comportamento do câmbio", afirma ele.
Novos mercados
A Rússia continua sendo o principal comprador de carne bovina in natura do Brasil, com 26% do total embarcado. O Irã ocupa a segunda colocação, com uma fatia de 18%, tendo o maior crescimento em volume e receita entre os compradores, 195% e 216%.
Apesar do alto nível de exigência da União Européia (UE) em relação às exportações de carnes bovinas, o Brasil tem aumentado lentamente as negociações com a região. Atualmente, os estados brasileiros passam por uma missão sanitária da UE que, segundo Cançado, está indo muito bem. A vistoria deve acabar no dia 15 de março. A demanda européia no primeiro bimestre cresceu de maneira significativa ante ao mesmo período do ano passado: em volume subiu 17%, para 8,6 mil toneladas, e em receita, 55%, para US$ 43,256 milhões.
Após 14 anos, País deve voltar a vender carne bovina à China.
Postado por
Sindicato Rural de Itamaraju
on quarta-feira, 10 de março de 2010
Marcadores:
Notícias
Como chegar
Viagens
Hotéis em:
Cotações
Notícias do Agronegócio
Visitante
Como você classifica a atuação do Sindicato Rural em Itamaraju?
Tempo
Arquivo
-
▼
2010
(141)
-
▼
março
(17)
- O INCRÍVEL CRIADOR DE NEGÓCIOS RURAIS
- PECUÁRIA DE CORTE: ABATE BOVINO EM 2009 CAIU 2,5 %...
- DINHEIRO QUE DÁ EM ÁRVORE
- PLANTIO DE GUANANDI
- Mercado e Cia - Leonardo Alencar fala sobre a alta...
- Deputados da agricultura ameaçam com boicote a pat...
- SUPERVISORA DO SENAR VISITA SINDICATO PATRONAL RUR...
- Setor precisa de organização, mobilização e agenda...
- Produtor recupera o que pagou de Funrural
- Relator vai propor em lei o pagamento por serviços...
- O mundo está de olho no Brasil
- MORALMENTE, O GOVERNO LULA JÁ É UM TIRANIA
- Lula, verborrágico, atropela números sobre seu pró...
- Exportações do agronegócio do Brasil sobem 20,6% e...
- Após 14 anos, País deve voltar a vender carne bovi...
- Preços agropecuários: fevereiro encerra com alta d...
- FMI ALERTA NOVAMENTE: RISCO DE BOLHA FINANCEIRA NO...
-
▼
março
(17)
Fotos de Cursos
Sindicato Rural de Itamaraju
- Sindicato Rural de Itamaraju
- Itamaraju, Bahia, Brazil
- O Sindicato dos Produtores Rurais de Itamaraju, foi fundado em 1972, como um associação pêlos Produtores Rurais os Srs.: José Carneiro, Ney Paschoal, José Gomes de Almeida e Outros... Em 1974 se tornou um sindicato reconhecido pelo Governo Federal através da Carta Sindical fornecida pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, tendo como base territorial todo o Município de Itamaraju , tendo sido aprovado os seu Estatutos Sociais como Órgão representativo das Categorias Econômicas Integrantes dos Grupos do Plano da Confederação Nacional. Nesse tempo de existência do Sindicato, foram eleitos como Presidentes os senhores José Almeida Carneiro, Ney Paschoal dos Santos, José Miguel de Morais, Cosme Afrânio Leite Lima e atualmente o Senhor Urbano Pereira Correia. O Sindicato Rural, esta filiado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
0 comentários:
Postar um comentário
Comente esta notícia.