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EXCLUSIVO:Ex-ministro afirma que é preciso que candidatos ao Governo entendam as necessidades da agricultura em poucas propostas

Ex-ministro afirma que é preciso que candidatos ao Governo entendam as necessidades da agricultura em poucas propostas.
Parte 1
Link: Roberto rodrigues 200410 1
Parte 2
Link: Roberto rodrigues 200410 2
Parte 3
Link: Mercado&Cia 20/04/10 - Roberto Rodrigues - pt. 3
Ano eminentemente eleitoral, a importância quanto a escolha dos próximos governantes para o país cotidianas discussões se tornam fundamentais para a clareza das muitas necessidades que o Brasil carece. Sobre a ótica de professor do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, pontua propostas de governo para os candidatos.
Segundo ele, é preciso centralizar reivindicações em um conjunto uniforme e unanime para que cada candidato se prepare e entenda os problemas nacionais, despertando o interesse em melhorar o país. Para a agricultura, Rodrigues propõe quatro propostas de melhoria para o setor: renda, logística, comercialização e reforma institucional.
“Nosso papel central agora é: um, explicar ao candidato o que é importante para o setor rural porque é importante para o Brasil; dois, cobrar dele uma posição e escolher o candidato adequado; três, convencer a opinião pública urbana que é majoritária que ela depende também desses processos, não obstante, aparentemente esteja distante dela, mas que não pode viver sem a agricultura”.
Renda                                                                                                   
O professor é direto quando compara a política agrícola de renda atual à ideal para o campo enfatizando a reformulação de questões relacionadas ao câmbio, reforma no crédito rural em vigor e sem alteração desde 1965, endividamentos, seguro agrícola e, conseqüentemente, mecanismos de comercialização. Para ele, a política agrícola existente no Brasil é perfeita, porém, não sai do papel.
Logística e comercialização
“Todo mundo sabe que o produtor brasileiro é competitivo dentro da fazenda dele, quando sai, perde por causa da renda”. Sobre sua afirmação, o ex-ministro apóia que o Governo precisa de mecanismos de logística, ou seja, rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e sistema de armazenamento que garantam ao agricultor competitividade até mesmo internacional com todos seus produtos agrícolas para mudar a renda atual do homem do campo.
Diretamente relacionada, o terceiro tema em discussão aponta para a necessidade de uma promoção comercial internacional com adidos agrícolas que, ao invés de esperar que o mundo veja o Brasil como uma vitrine e venha até aqui comprar, existam embaixadas que possam analisar o mercado e bater a porta de cada país mostrando que o produto brasileiro atende todas as necessidades mundiais.
Para tal, é preciso que continue a abertura de novos mercados, acordo bilateral entre Governos, casamento interno entre o setor público e o privado, ou seja, necessidade de uma política de comércio exterior muito clara o reconhecimento internacional do Brasil.
 Reforma institucional
Talvez o tema mais polêmico, a reforma institucional constitui em uma forma geral de reformulação do Governo. Segundo Rodrigues, o modelo brasileiro atual é constituído por 35 ministérios desnecessários, uma vez que projetos do Ministério da Agricultura ficam “empacados” ou não funcionam porque dependem da aprovação de outros ministérios.
“A Agricultura faz um programa perfeito (da política agrícola) e não impões porque falta um mecanismo institucional estratégico que é de coordenação do Governo”, afirma.
No entanto, dentro da reforma institucional para ser reivindicada aos candidatos ao Governo um leque se abre sobre questão ambiental e florestal, agrária, trabalhista. Com isso, o eleitor precisa eleger uma bancada comprometida com o motor do Brasil que é a agricultura.
Portanto, o professor acredita que para que exista uma agricultura desenvolvida, a necessidade de um Código Florestal e Ambiental moderno se faz fundamental. Bem como, a reforma agrária capitalista que assente o trabalhador rural e dê a ele condições legais de progresso com tecnologia adequada, crédito e credibilidade.
“Acho legítimo o sonho da reforma agrária, também acho legítimo que qualquer um queira um pedaço de terra. Se o Governo promete terra, por que o garçom, o motorista de taxi também não vai querer?”, assim o professor defende que a invasão de terras feita pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra é ilegal, desprovido de fundamentos legítimos perante a lei.
Este é o momento de cada cidadão pensar e repensar no que lhe é prioridade e enxergar que o desenvolvimento do país está na agricultura.
“Temos que conversar sobre política o tempo inteiro, explicar com clareza porque é fundamental que a agricultura avance, porque ela é o motor deste país. Não existe calça jeans sem algodão, não tem sapato sem couro, borracha sem seringueira, não tem seda sem o bicho-da-seda, não tem nada sem a agricultura. É isso que o povo precisa compreender no Brasil e votar naqueles (candidatos) que devem defender isso que é desenvolver este país”,  divaga Roberto Rodrigues.

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