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PECUÁRIA NÃO É A VILÃ DO MEIO AMBIENTE



Pesquisadores divulgaram recentemente estudo que aponta a pecuária como responsável por metade das emissões de gases do efeito estufa no Brasil.
A Sociedade Rural Brasileira (SRB) lamenta a forma superficial como o assunto tem sido abordado, prejudicando o Brasil e a pecuária brasileira.

Abaixo, alguns pontos que merecem destaque:

DESMATAMENTO

1 - Quanto ao desmatamento, tem diminuído muito. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, fonte insuspeita, em
2008 o desmatamento foi de 7000 km2, menos de 0,1% do território brasileiro.
2 - O desmatamento ocorre principalmente em razão de falta de controle sobre o território brasileiro, da falta de regularização fundiária, que estimula a atividade de posseiros e grileiros, predominando a informalidade. O desmatamento não é um problema da pecuária.  Leis inadequadas e falta de ação do Estado criam situações de descontrole. 
3 – A prova do que afirmamos é que em grande parte das regiões de pecuária do Brasil, o desmatamento não ocorre. Em São Paulo, por exemplo, que é grande exportador de carne bovina, a área de florestas tem aumentado.
4 – Todas as entidades de representação da agricultura e da pecuária brasileira, inclusive Sociedade Rural Brasileira, têm se pronunciado reiteradamente contrárias aos desmatamentos ilegais. São favoráveis á ocupação racional e equilibrada do território nacional.
5 – Apesar de todo o noticiário negativo, o Brasil é o maior detentor de florestas do mundo, com mais de 50% do território, enquanto na Europa as florestas originais ocupam apenas 0,1% .
6 – A produtividade da pecuária brasileira tem crescido de forma extraordinária. Em 1998, produzimos 6.159.000 toneladas de carne em 175 milhões de ha. Em 2008, produzimos 9.160.000 toneladas de carne em 174 milhões de ha. Isso
significa um aumento de 50% na produção utilizando a mesma área.          


EMISSÕES NA PECUÁRIA

1 – Temos alertado sobre o erro que tem sido cometido ao não se considerar nos balanços o seqüestro de carbono realizado pelas pastagens. A pecuária não emite nenhum átomo de carbono que não tenha sido capturado previamente pelas pastagens, no processo de fotossíntese. Este tem sido um erro de avaliação que tem afetado toda a agricultura, que é o único setor da economia que tem no seu processo de produção natural o seqüestro e a captura de carbono.
2 – O próprio estudo apresentado acaba indicando este fato, nas tabelas referentes aos cálculos de emissão por desmatamento, fermentação e queima.
3 – Não é por outra razão que, no mundo todo, a discussão está centrada no modelo energético, na queima de petróleo, gás e carvão. Só no Brasil a agropecuária é vista como problema.
4 - O Brasil, que é o maior exportador de alimentos do mundo. Aqui a agricultura é a responsável pelo saldo da balança comercial e pelo crescimento da economia. Só aqui atacamos  o setor de maior sucesso da nossa economia.
5 – É bom também lembrar a maneira como é calculado o efeito do metano no aquecimento global. Alguns multiplicam o efeito de cada molécula de metano por 20, para comparar com o efeito do gás carbônico. Outros multiplicam por 4.
Este açodamento, a divergência de critérios na divulgação de estudos, atrapalha a construção de políticas sérias e efetivas para lidar com o desafio do aquecimento global.

ALTERNATIVAS

A busca de soluções exige cautela. Em muitas situações, como no caso do Pantanal do Mato Grosso, por exemplo, o uso brando do solo e dos recursos naturais pela pecuária tem sido uma solução de harmonia para o desenvolvimento econômico com respeito à proteção da natureza.
É preciso cuidado ao propor a adoção de sistemas de produção super intensivos, como existem no Japão, na Europa ou na América do norte, baseados no uso intensivo de grãos e fertilizantes.


Fonte: SRB

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