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CNA homenageia personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da agricultura brasileira



A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, homenageou, nesta quarta-feira, quatro personalidades que se destacaram pelo trabalho e dedicação às questões do campo. A homenagem foi realizada durante o seminário “Os Desafios do Brasil como 5ª Potência Mundial e o Papel do Agronegócio”, promovido em Brasília para marcar a passagem dos 60 da CNA e os 20 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Na presença de um público de 1.500 pessoas presentes ao evento, foram distinguidos com diplomas de reconhecimento o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli; o fundador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eliseu Alves; e in memoriam ao ex-presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo. O ministro do Esporte e deputado federal, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do novo Código Florestal brasileiro na Câmara dos Deputados, também foi homenageado como destaque político do ano.
Engenheiro agronônomo pela Universidade Federal de Lavras, Alysson Paolinelli foi ministro da Agricultura entre os anos 1974 a 1979. Especialista na produção agrícola do cerrado, Paolinelli tem uma história de vida que se confunde com a trajetória da moderna agricultura brasileira. O ex-ministro foi deputado constituinte e secretário de Estado da Agricultura de Minas Gerais por três vezes. Natural de Bambuí, no interior mineiro, também ex-presidente da CNA, contribuiu para a revolução da atividade agrícola promovida nas últimas décadas. Como deputado, defendeu as questões do setor na assembléia constituinte de 1988 e ajudou a fundar a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), umas das maiores responsáveis pela mudança de patamar da eficiência da produção agropecuária nacional.  Há dois anos, recebeu o prêmio World Food Prize, considerado o prêmio Nobel da alimentação. Hoje, aplica, na própria fazenda uma das técnicas mais reconhecidas de aliança entre sustentabilidade ambiental e eficiência na produção, o sistema de Integração-Lavoura-Pecuária.
O também engenheiro agrônomo e pesquisador Eliseu Roberto de Andrade Alves é fundador da Embrapa, empresa que foi diretor-presidente por seis anos. Eliseu Alves ficou conhecido como um semeador de sonhos ao contribuir para a transformação da agricultura brasileira na melhor agricultura tropical do planeta. Começou sua carreira na Emater de Minas Gerais, instituição que o permitiu uma convivência direta com o produtor rural durante 18 anos.  Durante o período em que presidiu a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraníba (Codevasf), foi responsável pela criação do programa de exportação de frutas. Dedicou mais de 50 anos de sua vida ao campo como pesquisador e gestor público. Eliseu Alves tem mestrado e doutorado em economia agrícola pela universidade norte-americana, Purdue University.
Antônio Ernesto de Salvo, homenageado in memoriam, foi presidente da CNA por 17 anos. Mineiro de Curvelo, o engenheiro agrônomo, fazendeiro e pecuarista, também foi  diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Iniciou sua vida profissional na atividade sindical em 1967. Foi presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Curvelo e, no início da década de 80, tornou-se diretor da Federação de Agricultura de Minas Gerais, entidade que presidiu por dois mandatos. Em 1991, Antônio Ernesto de Salvo deixou a federação para presidir a CNA. Defendeu a ampliação do crédito rural, a melhoria da política de garantia de preços mínimos e uma política ambiental compatível com a atividade rural. Administrador da Fazenda Canoas, foi reconhecido com criador de excelência do rebanho bovino da raça Guzerá. Elaborou vários trabalhos técnicos na área de zootecnia publicados pela Escola Veterinária da Universidade de Minas Gerais, entre eles o livro Guzerá 50 anos – Fazenda Canoas – Minas Gerais.  Faleceu em 2007 aos 73 anos. Seu filho Antônio Pitangui de Salvo recebeu a premiação em sua memória.
Destaque político – O ministro do Esporte, José Aldo Rebelo de Figueiredo, recebeu  a condecoração de “Destaque Político do Ano”. Nascido em Viçosa, o jornalista é deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil de São Paulo há 20 anos. Foi presidente da Câmara dos Deputados e ministro da Secretaria de Relações Institucionais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É conhecido por sua postura patriótica e por projetos considerados polêmicos como o que tratava da redução do uso de estrangerismos na língua portuguesa.
Seu trabalho como relator do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro, aprovado na Câmara dos Deputados, trouxe avanços significativos no debate de uma legislação ambiental que permita a consolidação das áreas de produção agropecuária com preservação ambiental. Ao representar todos os homenageados, Rebelo destacou a coincidência do recebimento da condecoração no mesmo dia em que o texto do Código Florestal foi aprovado na Comissão de Meio do Senado. “Não teríamos alcançado essa vitória não fosse a busca pelo interesse público, pelo interesse do povo e pela liderança do agricultor, representada na figura combativa e corajosa da senadora Kátia Abreu”, ressaltou o ministro. Segundo ele, o trabalho que realizou na relatoria da matéria configura a sua obrigação como deputado, cidadão e brasileiro. Disse que, embora respeite as políticas protecionistas dos demais países, “como legislador, não posso legislar pelos interesses europeus e americanos. Tenho que legislar pelos interesses daqueles que alimentam o povo do meu País”, finalizou.  

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