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Produção global de alimentos precisa crescer 70% até 2050, aponta FAO

Afirmação da organização se baseia no fato de que população alcançará a marca de nove bilhões de habitantes 





A produção global de alimentos precisa crescer 70% até 2050 em relação aos níveis de 2009, pois a população deve alcançar nove bilhões de pessoas. A afirmação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que divulgou, neste domingo, dia 27, seu relatório sobre os desafios para terras e água. A FAO destaca que a distribuição atual desses recursos não favorece os países que precisam produzir mais alimentos.

"A disponibilidade média de terras cultivadas per capita em países de baixa renda é menor à metade daquela dos países de renda elevada e a adequação das terras cultivadas para a agricultura é geralmente inferior", diz o relatório. Certos países com crescente demanda por alimentos também enfrentam grande escassez de terras e água.

O levantamento acrescentou que a maior contribuição para um aumento da produção agrícola está na intensificação da produção em terras já existentes. "Isso requer uma adoção generalizada de práticas sustentáveis de gerenciamento de terras e um uso mais eficiente da água na irrigação, por meio de mais flexibilidade, confiabilidade e adequação no tempo de irrigação", alertou o documento.

Os padrões atuais da produção agrícola precisam ser criticamente revisados, segundo a FAO, já que alguns sistemas de terras e águas enfrentam um risco de rompimento gradual, por causa da excessiva pressão demográfica e das práticas agrícolas insustentáveis. O documento acrescenta que as restrições podem ser agravadas por fatores externos como mudanças climáticas, competição com outros setores e mudanças socioeconômicas.

"Existe o potencial para expandir a produção eficientemente, para atender à segurança alimentar e à pobreza, mas limitando os impactos sobre outros valores do ecossistema", avalia a FAO, defendendo as práticas sustentáveis de gerenciamento de terras e águas. Tais práticas incluem a remoção de distorções nos incentivos à produção, melhorias nos sistemas de posse de terras, o fortalecimento das instituições voltadas às terras e às águas, o intercâmbio de conhecimento e um melhor acesso aos mercados.

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