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Produção de alimentos preocupa


No primeiro dia de reunião sobre o clima em Durban, na África do Sul, não foram as emissões de CO2 que dominaram o debate. O tema do dia foi o desafio de alimentar 9 bilhões de pessoas em 2050.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lançou o relatório sobre o estado das áreas agricultáveis no planeta e concluiu que um quarto delas está altamente degradado.
De acordo com a FAO, essas áreas precisam ser recuperadas urgentemente, por causa do risco de não conseguir atender a demanda por alimentos em um futuro próximo.
O relatório indica ainda que o mundo terá de ampliar a produção de alimentos em 70% até 2050, o que significa 1 bilhão de toneladas a mais de trigo, arroz e outros cereais e mais 200 milhões de toneladas de carne.
O problema é que a maioria das terras agriculturáveis no planeta já está em uso e, o pior, boa parte em processo de degradação.
A FAO avaliou também o estado dos recursos hídricos e da biodiversidade. Segundo a agência, 25% de toda a área agricultável do planeta está "altamente degradada", apresentando erosão de solo, degradação dos recursos hídricos e perda de biodiversidade.
Outros 8% estão moderadamente degradados, 36% das áreas se apresentam estáveis e só 10% foram consideradas em situação de boa e melhorando.
A conclusão principal é que será necessário um processo de forte intensificação sustentável do uso do solo nos próximos anos. Um processo que deve ser puxado por novas técnicas produtivas mais amigáveis ao meio ambiente.
O estudo mostra que houve um grande aumento da produtividade agrícola com a revolução verde nos anos 60 e 70, que incentivou o uso de pesticidas e fertilizantes químicos.
A produtividade agrícola cresceu 150% entre 1961 e 2009, com um aumento de apenas 12% na área plantada mundial. Mas o ritmo de crescimento da produtividade tem diminuido e hoje é menos da metade do que foi no pico da revolução verde.
Segundo a FAO, é preciso melhorar a eficiência dos sistemas de irrigação e disseminar técnicas agrícolas mais sustentáveis ou será difícil atender a demanda por alimentos.
O órgão diz que o setor requer uma inversão massiva de investimentos, especialmente em novas técnicas e em sistemas de conservação da água.

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