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Exportar boi vivo é alternativa para pecuaristas

O Brasil deve apostar nas vendas de boi em pé (vivo) para atuar junto com o país líder neste segmento, a Austrália, na comercialização de animal em vivo. A Wellard, empresa australiana com presença no Brasil, é uma das companhias que aposta neste mercado. "A Wellard vê uma oportunidade no Brasil, pois aqui há volume com preços acessíveis", diz o gerente geral da empresa no País, Daniel Pagotto.
Mesmo com o aumento dessa prática de exportação no Brasil, Pagotto conta que os países não serão concorrentes. "A Austrália venderia para a Ásia e o Brasil para a África e Europa."
Ele afirma que as exportações para a América do Norte não são permitidas por padrões sanitários. O oeste africano e o leste europeu são mercados potenciais para o Brasil. "Podem ser enviados boi gordo, novilho para engorda, raças de corte e de leite para reprodução, ovinos e caprinos".
De acordo com o gerente, a rentabilidade não é alta, mas o volume compensa. O custo médio para a operação é entre US$ 1,5 milhão e US$ 2 milhões em um navio de pequeno e médio porte, que comporta 2 mil cabeças. No Brasil, os embarques são realizados a partir do porto de São Sebastião (SP) e Vila do Conde (PA). Uma viagem entre São Sebastião a Angola leva de 9 a 15 dias.
Esse mercado já movimenta US$ 2 bilhões no mundo, dos quais o Brasil participa com 13%. As vendas de animal vivo representam 0,26% do rebanho nacional e 1,02% dos abates do País.
E as proporções desse tipo de embarque podem ser estratosféricas. A Wellard, em agosto de 2008, transportou 23.372 animais da Austrália para a Indonésia, no maior navio da empresa, o Stella Daneb. Para assegurar que os animais cheguem ao destino em boas condições, as práticas de bem estar animal e o manejo adequado devem ser respeitados. Segundo Pagatto, os dejetos dos animais são lançados ao mar a cada dois dias. O mesmo ocorre com os que morrem durante a viagem.
Brasil - Para o pecuarista brasileiro as perspectivas são boas, já que há uma expectativa de aumento de procura por proteína bovina nos países em desenvolvimento, além de ser uma alternativa à venda ao frigorífico. "O pecuarista deixa de ser obrigado a se submeter ao preço que o frigorífico quer pagar", conta o gerente geral da Wellard.
Para Pagotto, com a concentração de mercado dos frigoríficos, como o que aconteceu recentemente no País com a fusão JBS-Bertin, a tendência é que a margem do criador diminua. "O Brasil tem volume e preço competitivo para exportar boi em pé".
A Venezuela é o maior mercado para o Brasil e lidera as importações de animal vivo do Brasil.
"Na Venezuela, há pouca oferta de animais para abate e o governo local está estimulando a indústria para o desenvolvimento econômico e geração de empregos". O Líbano é outro cliente brasileiro. "Por princípios religiosos (Hallal Meat) é um mercado que nunca vai se fechar". E Angola também é um importador, pois está em processo de reconstrução.

Investimentos e Notícias - (Sérgio Toledo - Agência IN) Joomla SEF URLs by Artio

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